Cama de Gato está na boca do povo. A trama da empregada Rose (Camila Pitanga) que se apaixonou pelo patrão, Gustavo (Marcos Palmeira), para desgosto e fúria da vilã patricinha Verônica (Paola Oliveira), tem tido média de 27 pontos no Ibope da Grande São Paulo, chegando a ficar cinco pontos acima da novela das sete, Tempos Modernos, de Bosco Brasil.
A novela de Duca Rachid e Thelma Guedes, com supervisão de João Emanuel Carneiro, aposta numa trama veloz, na qual, bem antes do último capítulo a vilã já foi desmascarada, presa e condenada e a mocinha já conseguiu se casar com seu amado.
Acostumada às novelas das seis bem mais arrastadas, como Sinhá Moça, de Benedito Ruy Barbosa, a professora Nina Honorato não perde um capítulo de Cama de Gato. Ela diz que gosta da velocidade com que as coisas acontecem:
- Apesar de a história ser simples, acontece muita coisa ao mesmo tempo. É uma novela muito ágil. Nem parece novela das seis, parece que você está assistindo à novela das oito.
O escritor Laly Cataguases também acompanha "piamente" Cama de Gato:
- Ao contrário das outras novelas nas quais o vilão é preso só no final, nesta, a Verônica já foi condenada. A novela conseguiu sair da fórmula. Os autores não ficam segurando os desfechos.
O pesquisador em teledramaturgia da USP (Universidade de São Paulo) Claudino Mayer confirma a impressão da telespectadora. Na análise do estudioso, o forte da trama está em ser “um conto de fadas moderno, que usa elementos aceitos por nosso inconsciente, como a mocinha pobre que deseja casar-se com o homem rico e a vilã rica e malvada”.
- Mais do que essa fábula, a história tem um ritmo de acontecimentos sucessivos. A nossa vida hoje em dia é agitada e a trama reflete isso. Nas novelas de antigamente, você podia deixar de ver semanas e até um mês que nada mudava. Nesta novela, se o telespectador perde um capítulo, perde muita coisa.
Para Mayer, o ritmo ágil é marca de João Emanuel Carneiro, que imprimiu tal característica em A Favorita.
- Essa é uma tendência. Poucos autores estão percebendo isso. O Aguinaldo Silva também deu ritmo veloz a Senhora do Destino, e o Gilberto Braga, a Paraíso Tropical. Mas ainda tem autor fazendo novela arrastada, como Manoel Carlos, em Viver a Vida. O novo telespectador não quer mais isso.
Pelo jeito, o “público vovozinha” da novela das seis quer mais é ver o circo pegar fogo.
A novela de Duca Rachid e Thelma Guedes, com supervisão de João Emanuel Carneiro, aposta numa trama veloz, na qual, bem antes do último capítulo a vilã já foi desmascarada, presa e condenada e a mocinha já conseguiu se casar com seu amado.
Acostumada às novelas das seis bem mais arrastadas, como Sinhá Moça, de Benedito Ruy Barbosa, a professora Nina Honorato não perde um capítulo de Cama de Gato. Ela diz que gosta da velocidade com que as coisas acontecem:
- Apesar de a história ser simples, acontece muita coisa ao mesmo tempo. É uma novela muito ágil. Nem parece novela das seis, parece que você está assistindo à novela das oito.
O escritor Laly Cataguases também acompanha "piamente" Cama de Gato:
- Ao contrário das outras novelas nas quais o vilão é preso só no final, nesta, a Verônica já foi condenada. A novela conseguiu sair da fórmula. Os autores não ficam segurando os desfechos.
O pesquisador em teledramaturgia da USP (Universidade de São Paulo) Claudino Mayer confirma a impressão da telespectadora. Na análise do estudioso, o forte da trama está em ser “um conto de fadas moderno, que usa elementos aceitos por nosso inconsciente, como a mocinha pobre que deseja casar-se com o homem rico e a vilã rica e malvada”.
- Mais do que essa fábula, a história tem um ritmo de acontecimentos sucessivos. A nossa vida hoje em dia é agitada e a trama reflete isso. Nas novelas de antigamente, você podia deixar de ver semanas e até um mês que nada mudava. Nesta novela, se o telespectador perde um capítulo, perde muita coisa.
Para Mayer, o ritmo ágil é marca de João Emanuel Carneiro, que imprimiu tal característica em A Favorita.
- Essa é uma tendência. Poucos autores estão percebendo isso. O Aguinaldo Silva também deu ritmo veloz a Senhora do Destino, e o Gilberto Braga, a Paraíso Tropical. Mas ainda tem autor fazendo novela arrastada, como Manoel Carlos, em Viver a Vida. O novo telespectador não quer mais isso.
Pelo jeito, o “público vovozinha” da novela das seis quer mais é ver o circo pegar fogo.
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